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Mulheres Ocultas

Crítica: Mulheres Ocultas (2020)

Caio Scovino


Certo dia procurando algo para assistir na Netflix, me deparo com uma produção taiwanesa. Quem me conhece sabe que tenho uma inclinação ao cinema de Edward Yang e Hao Hsiao-Hsien, então uma produção da pequena ilha de Formosa me chamou a atenção. O filme dirigido por Joseph Hsu Chen-Chieh gira em torno do drama familiar das cinco mulheres que após a morte do pai e esposo, são balançadas pelas omissões da vida e acabam se unindo como nunca antes.


Assistir sem saber do que se tratava me proporcionou uma imersão intensa na trama, especialmente na da progenitora da família. A construção de sua personagem e sua progressão é tocante e minuciosa, utilizando-se muito bem das ferramentas cinematográficas para a construção da mesma.


Cada personagem tem suas particularidades que criam uma dinâmica e fluidez da trama. Antigos amores, lembranças, remorsos, felicidades e perdões constroem uma jornada agridoce como a vida. Com jornadas individuais muito bem distribuídas ao longo do filme, é capaz conhecer a cada cena um pouco mais dessa família e personagens tão humanos. Como exemplo o fato da mãe da família ter na figura do karaokê o hobbie e ao longo da narrativa isso ser retratado e no fim amarrado potencializando toda a dramaticidade da trama.


Em aspectos técnicos o filme apesar de ter uma sólida fotografia e trilha o foco do filme é sabiamente as atuações e o roteiro. Atuações que se em um mundo justo seria amplamente premiadas, especialmente Grace Chen Shu-Fang, em toda sua curva dramática.


Em termos gerais, um filme conciso, que emociona, agrada e entretém. Uma pérola nada divulgada da Netflix.


Nota: 5/5 Lágrimas


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