Crítica: Para Todos Os Garotos: Agora e Para Sempre (2021)
Julia Alfa
O filme Para Todos Os Garotos que Eu Já Amei foi lançado pela Netflix em 2018, inspirado nos livros da autora Jenny Han. Depois disso, outros dois filmes foram adicionados à franquia, sendo o último, Agora e Para Sempre, lançado no último fevereiro. O filme finalizou a história do casal e fez com que o público se despedisse de Peter Kavinsky e Lara Jean, interpretados por Noah Centineo e pela brilhante Lana Condor.
O clichê comfort é entregue ao público com sucesso, apesar de estar longe de ser o que os fãs dos livros originais acreditam ser o ideal. A internet explodiu de críticas relativas a esse aspecto; os leitores se mostraram imensamente decepcionados com a adaptação, que não cumpriu as expectativas e alterou fatos da história: Lara Jean nem ao menos foi para a faculdade em Nova York, e a cena de sexo nunca existiu. Mas, no audiovisual, nós temos o que recebemos. E isso não quer dizer que o recebido é um filme ruim. Pelo contrário!
Agora e Para Sempre é um filme que cumpre muito bem o seu papel. Mesmo não sendo melhor que o primeiro da franquia, Para Todos Os Garotos que Já Amei — que é um dos melhores clichês produzidos pela Netflix nos últimos anos —, o filme consegue ser superior ao seu antecessor PS: Ainda Amo Você. É um ótimo filme para assistir durante uma noite de sábado com um balde de pipoca e uma panela de brigadeiro.
Ainda assim, o filme utiliza de conflitos incômodos e tolos. Caramba, Lara Jean, era só você ter explicado que enviou a mensagem errada pro Peter! E isso levou alguns dias… E, bem, a reação de Kavinsky à respeito da escolha da faculdade de Lara Jean é bastante inconveniente. (Talvez tenham lidado com isso de uma forma melhor no livro). De qualquer forma, o resultado foi um filme muito confortável de ver, com uma trilha sonora muito agradável.
Agora e Para Sempre é um final adorável e satisfatório; Lara Jean decide tomar o volante e trilhar sua vida para correr atrás dos seus sonhos — e isso vindo da garota que morria de medo de dirigir. É uma bela evolução. Mesmo com a confusão e os conflitos do casal, a resolução em um contrato de relacionamento feito à mão nos leva diretamente ao início da história dos dois.
Por fim, há esperança de que eles consigam permanecer juntos, independentemente de toda a distância. Se isso vai funcionar, nós nunca saberemos. Mas há a promessa. E isso é o bastante.
Nota: 3/5 Lágrimas
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