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Amor, Sublime Amor - Precisava mesmo?

Crítica: Amor, Sublime Amor (2021)

Anna Clara

Começo essa crítica dizendo que meu conhecimento de Amor, Sublime Amor (2021) se limitava ao que eu tinha visto em Glee, e também do filme As Apimentadas : entrar pra ganhar. Dito isso, vou analisar o filme por si só sem levar em conta outras versões, e sendo assim, infelizmente tenho que dizer que não me agradou muito.


As músicas não me cativaram nem um pouco, achei muito repetitivas em questão de ritmo e pobres de letra. As atuações não foram nada demais, com exceção de Ariana DeBose, que realmente conseguiu me cativar. As cenas dramáticas não tiveram peso algum ao meu ver, já que não consegui sentir nenhum tipo de simpatia, e com um musical cuja temática envolve racismo e mortes por esfaqueamento, não sentir o peso das ações é realmente broxante.


A dinâmica do casal principal me pareceu forçada e com pouca química, isso sendo culpa do roteiro, que provavelmente foi fiel demais a obra original e tornou toda a questão do romance muito acelerada. As obras que bebem da fonte de Romeu e Julieta tem que ter o senso crítico de que na época que foi escrito, as pessoas realmente se apaixonavam rapidamente umas pelas outras, já que não existia muita coisa pra fazer naquela época. Agora, você declarar seu amor depois de dançar três minutos com alguém que você acabou de conhecer? E dormir com essa pessoa na noite que ela matou seu irmão? Isso aí já é demais.


Outro fato que me incomodou profundamente foi o arco do personagem trans, que tinha realmente um futuro promissor, mas com o passar da trama ele deve ter tido cinco falas no máximo, e acabou agindo só como uma pessoa chata o tempo todo.


Não posso dizer que foi tudo terrível, não quero ser injusta. Os números de dança realmente foram muito bem coreografados, e o figurino complementava os números graciosamente; a escolha de cores para separar os Jets dos Sharks foi meio óbvia, mas nada que atrapalhasse a experiência. Além disso, o design de produção optou por uma proposta mais longe do realismo, trazendo os cenários como se fossem palcos de um teatro, o que foi uma escolha ousada devo dizer.


Amor, Sublime Amor é um musical com canções chatas, uma temática que deveria ser tratada mais a sério e um elenco que não cativa muito, mas ao menos é bem produzido e dirigido, então pode ser chato, mas pelo menos é bonito.



Nota: 2,5/5 Lágrimas

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