top of page

Viúva Negra

Crítica: Viúva Negra (2021)

Raiana Viana


Após onze anos de espera, a Marvel finalmente entregou o tão esperado filme da Viúva Negra (2021). Um filme que se passa logo após os acontecimentos de Capitão América: Guerra Civil (2016), seguindo a Natasha Romanoff enquanto ela foge do governo americano, ao mesmo tempo que lida com uma crise de identidade e traumas familiares. É claro que o filme chega na hora errada: um filme solo para a principal heroína do Universo Marvel deveria ter acontecido bem antes, mas não só por isso, já que esse filme da Viúva Negra se encaixara perfeitamente entre os lançamentos de Guerra Civil e Guerra Infinita (2018) e assim não seria mais que uma despedida.


Porém, o longa é uma despedida digna que entrega um sentimento agridoce quando termina deixando a certeza que a Viúva Negra fará muita falta no futuro da MCU. O filme não promete grandes enredos, não ocupa o espectador com grandes debates políticos e humanos, apesar de usar a personagem do Guardião Vermelho em algumas ironias ideológicas. Além disso, também não gera um grande impacto no Universo Marvel, mas entrega um ótimo desenvolvimento de personagem para Natasha e vai além ao apresentar uma nova personagem, a Yelena (Florence Pugh), que pode sim ser utilizada nos próximos filmes da Marvel.


A atuação de Pugh está incrível, assim como a de Scarlett Johansson. A personagem é extremamente carismática e divertida, o que faz com que sua jornada no filme seja cativante para os espectadores. É na dinâmica entre as “irmãs”, Yelena e Natasha, que o filme se sustenta, pois, centro da narrativa, e os personagens secundários cumprem muito bem o papel de ajudar no desenvolvimento do enredo das irmãs. No geral, as cenas de ação do filme são muito bem dirigidas e coreografadas, porém é a dinâmica entre Yelena e Natasha que torna as cenas ainda mais naturais, assim como quaisquer cenas simples de diálogo entre elas.


Apesar das cenas de ação entregarem boas performances, os efeitos visuais deixam a desejar em várias cenas, principalmente no terceiro ato, o qual o filme erra em querer um final épico, com uma grande batalha.


Viúva Negra é um filme redondo, que busca entregar ao espectador uma jornada de aventura divertida e consegue. Ele apresenta a origem de Natasha e a desenvolve bem como personagem e, além de entregar uma despedida, no meio disso ainda abre as portas para Yelena. O filme solo da heroína entrega o que promete: diversão e emoção, e em nenhum momento mira um enredo complexo e profundamente edificante. Ainda bem!


Nota: 4/5 Lágrimas

18 visualizações0 comentário
bottom of page