Crítica: Mortal Kombat (2021)
Raiana Viana
Baseado na franquia de Jogos de Combate, o novo filme de Mortal Kombat (2021) entrega aos fãs dos jogos um filme verdadeiramente fiel à violência deles, com movimentos clássicos das lutas e frases de efeitos celebradas pelos fãs, mas nem esse apreço à base de fãs do jogo é capaz de salvar um filme pobre em roteiro, direção e atuação.
A sequencia inicial do filme entrega muito bem todos os elementos para prender os fãs do jogo e também o espectador que não conhece o enredo dos jogos. É a partir da segunda ato que o filme se perde em um salseiro de lutas que são mal dirigidas: cortes de cena a todo momento, o que dificulta a compressão das coreografias e do estado das lutas. Além disso, as lutas nunca alcançam o clímax, não entregando uma carga dramática
O roteiro do filme é deixado de lado e não há camadas: é apenas um enredo superficial que segue os já existentes nos jogos. Até metade do segundo ato são poucas as explicações dadas ao expectador e, mesmo quem é fã dos jogos pode se sentir perdido, ainda mais em relação à nova personagem apresentada, Cole Young. Essa personagem que, ao lado de Sub-Zero, é o protagonista do filme e também das franquias: tornando assim, um dos maiores erros do filme. Young não tem profundidade, não tem carisma, não tem nada de interessante, e é incapaz de segurar qualquer jornada do herói. Não só isso, foi presenteado com a péssima atuação do ator Lewis Tan, que não está sozinho, já que o elenco todo é fraco!
Por outro lado, o Sub-Zero carrega o filme e ainda é prejudicado pelo roteiro ruim, com a péssima decisão de limitar a presença de Scorpion durante a maior parte do filme. Prova disso é que a melhor sequência do filme é final, com o embate entre Sub-Zero e Scorpion, mesmo tendo o fraco Young atrapalhando as cenas.
No fim, Mortal Kombat (2021) é um filme ruim, com efeitos especiais pobres, mas com (poucas) boas cenas bregas, aquelas dignas de Mortal Kombat.
Nota: 2/5 Lágrimas

Comments